segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Barcelona: orgulho catalão, obras de Gaudí e praias conquistam os turistas


Barcelona costuma ser uma das cidades favoritas da maioria dos turistas. E não é para menos. O clima e o ambiente de uma cidade litorânea, especialmente no verão, são contagiantes. Mas além das praias e de muita diversão, você pode encontrar por lá diversos museus, parques e prédios com uma arquitetura particular. E tenha um nome sempre da cabeça: Antoni Gaudí. Referência do modernismo catalão, o arquiteto é responsável pela maioria das belezas de Barcelona. Mas não é só isso. A cidade desenvolveu-se bastante com as Olimpíadas de 1992. Sem falar no orgulho do povo da Catalunha, uma das características marcantes da cidade. Nas ruas e nas conversas, o catalão é a língua mais utilizada pelos moradores (claro que no contato com os viajantes eles falam espanhol).

Fui a BCN duas vezes. Na primeira, fiquei por lá 4 dias em dezembro de 2008, na mesma viagem em que estive em Madri. Na segunda, fiquei apenas 1 dia em setembro de 2009, quando fui parar lá meio que por acaso após perder um voo para Marrocos (como já contei em post anterior nesse blog). Apesar de ser menor do que Madri, Barcelona é uma cidade que exige mais tempo para se conhecer. Há uma diversidade maior de atrações, além de os pontos de interesse serem mais espalhados. Com isso, no mínimo três dias por lá são recomendáveis. Chegando de avião, há dois aeroportos bastante utilizados. O aeroporto internacional de Barcelona não é longe e é facilmente ligado ao centro da cidade por um trem. Já o outro, onde chega a maioria dos vôos das companhias low-cost (Ryanair, Easyjet), fica na cidade vizinha de Girona, e é preciso pegar um ônibus e viajar cerca de 1 hora até o centro. Para se locomover na cidade, a melhor opção é usar as várias linhas de metrô disponíveis.
A mais famosa e imponente atração é a Sagrada Família, um templo católico que teve a sua construção iniciada em 1882 e ainda não está concluído. Obra de Gaudí, claro. Os detalhes na fachada impressionam e a altura das torres também. O lado interno é um canteiro de obras, bem menos interessante do que o externo. Mas, para quem pagar 10 euros para entrar e não quiser ver apenas operários trabalhando, vale subir na torre de onde se tem uma bela vista panorâmica da cidade. Seguindo nas construções de Gaudí, as linhas curvas de La Pedrera e o Palau Güell também devem ser visitados.

Outro lugar imperdível criado pelo arquiteto catalão é o Parque Güell, que fica um pouco afastado do centro, mas pode-se chegar próximo de metrô (estação Vallcarca), depois é só subir algumas escadas rolantes no meio da rua. O parque apresenta uma curiosa mistura da tradicional arquitetura de Gaudí com a natureza. Destaque para o banco-varanda, formado por vários pedaços de azulejos quebrados.
Na parte mais central da cidade, várias atrações podem ser atingidas a pé. Las Ramblas, a principal rua da cidade, é um calçadão que liga o porto (onde há um monumento com uma estátua de Cristóvão Colombo, o descobridor das Américas) até a Praça da Catalunha. Ao longo dela, vários bares, restaurantes, vendedores e artistas de rua. Nas travessas, atrações como o Mercado de La Boquería e a Praça Real. Ali perto, o Bairro Gótico, com o seu labirinto de ruas estreitas, a Catedral, a Prefeitura, o Museu Picasso e a Igreja de Santa Maria Del Mar. Um pouco mais ao leste, o Parque de La Ciutadella.

Mas talvez o passeio mais agradável seja a caminhada que se estende do porto até a praia de Barceloneta. No verão, esse trajeto está repleto de descontraídos turistas aproveitando o clima agradável. Vale uma passada no shopping do porto e, claro, vale gastar um bom tempo em Barceloneta. Durante o dia, praia, sol, cerveja, top-less e tudo aquilo que o verão europeu de melhor nos proporciona. À noite, diversos bares e baladas agitam o local. Um pouco depois dali, também vale destacar o Porto Olímpico, região que foi revitalizada com os Jogos Olímpicos e hoje conta com bons bares e restaurantes.
E ainda não acabaram os pontos turísticos de Barcelona. O morro de Montjuic e proximidades apresentam ainda mais atrações. Por ali, ficam o estádio Olímpico, o Museu Olímpico, o castelo e o teleférico de Montjuic, o Museu Nacional de Arte da Catalunha, a Fundação Juan Miró e a Praça de Espanha com as fontes luminosas (em determinados dias à noite rola um bonito espetáculo de águas e luzes).

Ainda existem outras atrações para gostos específicos. Assim como boa parte das cidades espanholas, Barcelona também tem uma arena para touradas, a Praça Monumental, que funciona apenas durante a temporada de verão (vale citar que existem muitos que desaprovam e fazem protestos contra as touradas, especialmente em BCN). No entanto, muito mais interessante e do agrado da maioria é o estádio de futebol Camp Nou. Assisti lá o clássico Barcelona x Real Madrid (2 a 0 pro Barça com gols de Messi e Eto`o), em dezembro de 2008, quando fiz uma matéria para a revista “Placar”. O estádio já é sensacional, em um jogo desses ainda, foi uma experiência irada.
Para finalizar, uma dica básica para evitar micos e aproveitar da melhor forma possível a estada em Barcelona. Como em qualquer lugar do mundo que recebe muitos turistas, a cidade catalã está cheia de bares e restaurantes pega-turista-trouxa. Fuja deles! Coma uma tradicional paella espanhola, mas nunca as terríveis paellas congeladas pré-prontas (de marcas como El Paellador) vendidas em diversos locais. Prefira gastar um pouco mais e comer um prato decente. O mesmo bom senso vale na hora de escolher bares e baladas durante a noite.
Como pode ser observado, há bastante coisa para se curtir por lá. Não importa se você gosta mais de Gaudí, de paella, do Camp Nou ou da badalada Barceloneta, Barcelona encanta quem a conhece. Até hoje, não conheci ninguém que tenha falado mal ou mesmo mais ou menos da cidade. BCN, de fato, é contagiante.

Legendas: 1) Sagrada Família - 2) Parque Güell - 3) Porto no final de Las Ramblas - 4) Praia de Barceloneta - 5) Estádio Camp Nou, pouco antes de Barcelona x Real Madrid

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