quinta-feira, 22 de abril de 2010

Cracóvia: um pedaço fundamental da história de nazistas x judeus


O Leste Europeu é um dos lugares que o turismo mochileiro mais cresceu nos últimos tempos. Anos atrás, viajar pelo Velho Mundo se resumia praticamente a Inglaterra, França, Alemanha, Espanha... Hoje, Polônia, República Tcheca e Hungria, por exemplo, fazem parte do roteiro de boa parte dos viajantes. E não é pra menos. Os preços são mais acessíveis, as mulheres são bonitas, o povo é hospitaleiro e há uma rica histórica por aqueles lados. Para começar, nesse post vou escrever sobre minha viagem à Cracóvia (Krakow), na Polônia. Cidade-natal do papa João Paulo II, palco de momentos importantes da Segunda Guerra Mundial e vizinha do campo de concentração de Auschwitz. Ah, e também tem muita cerveja e balada por lá.
Em junho de 2009, peguei um voo de Londres para a Cracóvia, onde encontrei os amigos Gabriel, Maísa e Suelen, que já estavam fazendo um mochilão. Foram dois dias para conhecer os principais lugares e aproveitar a pequena cidade polonesa. Por apenas 11 euros a diária, ficamos no simpático e bem localizado Mama`s hostel. Para começar, rodamos a pé as principais atrações centrais de Stare Miasto, como a praça central Rynek Glówny, a basílica de St. Mary e a torre da prefeitura. Outros pontos bem interessantes são a catedral no monte Wawel, onde o papa João Paulo II celebrou sua primeira missa, e também a casa dele. Também sem precisar de transporte, chegamos ao bairro judeu de Kazimierz.

De lá, pegamos tipo uma excursão num carrinho parecido com aqueles de golfe para visitar o gueto judaico. Imperdível. Um tour de cerca de uma hora e meia ouvindo histórias do nazismo e do extermínio dos judeus. Para coroar, uma passada na fábrica de Oscar Schindler, o alemão que ajudou a salvar milhares de judeus. Sim, aquele do filme “A Lista de Schindler”, que teve a maioria de suas cenas gravadas na Cracóvia.
À noite, fomos aproveitar as baladas polonesas. Aliás, isso é uma coisa que tenho como lema em todas as viagens. Para se conhecer bem uma cidade, não basta ir a museus e tirar fotos nos pontos turísticos. Ir a bares, baladas, comer e beber coisas típicas do país, conversar com pessoas locais, enfim, tudo isso também faz parte e é fundamental para se conhecer uma nova cultura. Você acaba aproveitando muito mais a cidade e se diverte ao mesmo tempo

No dia seguinte, visitamos o campo de concentração de Auschwitz. Histórico, cruel, impressionante. Um lugar que não se pode dizer que é irado por todas as atrocidades que foram cometidas por lá. Ao caminhar pelo local, você sente o clima pesado, parece sentir o sofrimento dos que foram executados durante o holocausto. Entre 1940 e 1945, cerca de 2 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas ali.

Para chegar lá, pegamos um ônibus na estação central e percorremos o trajeto em 1h30. A entrada nas instalações, que agora é um museu com vários pavilhões, é gratuita. É possível ver a câmara de gás, o forno, quartos, celas, uniformes que os presos vestiam, sapatos, óculos, malas, entre muitas outras coisas. Até quilos e quilos de cabelos dos judeus mortos estão em exposição. É realmente um lugar cruel, mas interessantíssimo de se conhecer. Além de Auschwitz, pode-se visitar Birkenau, que fica bem perto, e é onde se vê a famosa entrada com os trilhos de trem.
Depois de passar a manhã e a tarde nos campos de concentração, pegamos o ônibus de volta para a Cracóvia. À noite, embarcamos no trem e continuamos nossa trip pelo Leste rumo a Praga, na República Tcheca.

Legendas: 1)praça central Rynek Glówny e basílica de St. Mary - 2)placa na entrada da fábrica de Schindler - 3)entrada do campo de concentração de Auschwitz - 4)portão de Birkenau

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