sábado, 27 de março de 2010

Copenhage: sol, bicicletas, Christiania,...


Vamos à segunda parte da viagem do post anterior, que continuou em Copenhage. Saímos de Oslo às 17h de domingo, chegando à capital da Dinamarca às 9h30 do dia seguinte. O trecho de 16h30 de navio saiu por cerca de 40 pounds por pessoa, em cabine tripla, o que acabou sendo mais barato do que pagar mais uma noite de hostel e um voo. Além disso, foi uma viagem diferente, na qual podemos aproveitar toda a infra-estrutura do navio. É verdade que a embarcação não estava tão cheia e não era das mais animadas do mundo, a balada logo fechou, por exemplo, mesmo assim valeu pela piscina, sauna, cervejas no bar, etc...
Chegamos a Copenhage com um clima bem agradável de início de maio: sol, pouco vento e temperatura suficiente para usarmos camiseta ou no máximo um leve moletom. Com isso, os parques da cidade já estavam cheios de pessoas aproveitando o sol. Isso é uma das coisas que percebi nos países frios da Europa: é impressionante como o povo daqui valoriza o sol. Raro em muitos lugares, sempre que ele aparece esquentando o clima, as pessoas vão para os parques deitar na grama, ler um livro, fazer um piquenique ou simplesmente jogar conversa fora. Ficamos um bom tempo no parque em frente ao Palácio de Rosenborg, e aproveitamos para comer por lá lanche que tínhamos comprado no supermercado.

Outra coisa obrigatória é pegar uma bicicleta para conhecer a cidade. Aliás, Copenhage é uma das cidades européias que mais incentiva o uso da bike. Muitas, mas muitas pessoas mesmo pedalam pelas ruas, seja a lazer ou para ir ao trabalho vestindo terno e gravata. Com isso, existem ciclovias em quase todo o centro e, o principal, existe respeito dos carros com os ciclistas, e vice-versa. Interessante também são os bicicletários automáticos espalhados pela cidade, onde qualquer um pode pegar uma bicicleta sem pagar nada. Basta colocar uma moeda como depósito que o cadeado se abre e você pega a sua bike. Depois, é só devolvê-la em qualquer outro ponto da cidade onde tenha um bicicletário, e você recebe a sua moeda de volta. (Li recentemente que tentaram implantar sistema parecido no Rio de Janeiro. Resultado: as bikes não eram devolvidas ao lugar certo, eram sempre roubadas. É o fim do mundo mesmo.)

Pedalando, conhecemos os principais pontos turísticos, como o famoso monumento da Pequena Sereia, a Prefeitura, o Palácio de Amalienborg e o canal Nyhavn. Entramos também no parque de diversões Tivoli (na minha infância, havia um de mesmo nome no Rio de Janeiro, provavelmente inspirado nesse), um dos mais antigos do mundo, que vale uma visita à noite para o show de luzes e fogos. Ainda tentamos uma balada à noite, mas era segunda-feira e não havia muitas opções, então acabamos num barzinho mesmo.

Na terça, antes de voarmos para Londres, ainda tivemos a manhã e a tarde para circular por Copenhagen, e visitamos o museu de esculturas Ny Carlsberg Glyptotek, onde há uma réplica do Pensador, de Rodin, e o interessantíssimo bairro de Christiania. Lá, existe uma comunidade alternativa, hippie, como algumas semelhanças com o londrino Camdem Town. Várias barraquinhas de bijouterias, roupas e acessórios para quem gosta de fumar um baseado, por exemplo. Aliás, drogas leves, como maconha, eram liberadas antigamente na Christiania. Hoje, oficialmente são proibidas, mas na prática se pode fumar abertamente por lá, já que a própria polícia faz vistas grossas. Uma regra interessante dessa comunidade dinamarquesa é que não é permitido tirar fotos do local.
Definitivamente, Copenhage vale uma visita de mais do que dois dias, mas acho que em todas as cidades que passei pensei que poderia ficar mais tempo.

Legendas: 1)canal Nyhavn - 2)monumento da Pequena Sereia - 3)parque em frente ao Palácio de Rosenborg - 4) trânsito de bicicletas em Copenhage

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