terça-feira, 29 de março de 2011

Dublin: a festiva cidade de St. Patrick e da Guinness retrata bem a alegria irlandesa


Dublin vira a capital do mundo uma vez por ano: todo dia 17 de março, St. Patrick`s Day, o famoso santo irlandês. Poucos conhecem a história da vida de Patrício, que usava um trevo de três folhas para explicar sobre a santíssima trindade, mas muitos sabem que é dia de vestir a cor verde e beber muita cerveja. Em vários países do mundo existe comemoração no dia de St. Patrick, mas na Irlanda as festas pelos bares e pelas ruas duram cinco dias, e a data oficial tornou-se um feriado nacional.

Não, infelizmente eu ainda nunca estive na Irlanda em um 17 de março, mas acho que pude sentir um pouco da simpatia, alegria e do clima festivo irlandês durante o tempo que passei em Dublin, em novembro de 2009. A capital do país é pequena, com ruas de construções medievais, mas vibrante. Destaque total para a região do Temple Bar, onde vários pubs caracterizam bem, principalmente durante a noite, os costumes locais. A cidade consegue ser festiva e pacata ao mesmo tempo, agradando aos diferentes gostos.
Viajei com a amiga Amanda e ficamos lá por dois dias, tempo suficiente para conhecer a cidade. Claro, uma coisa é aproveitar como turista, outra coisa é morar, e existem muitos brasileiros vivendo, estudando e trabalhando por lá. Paguei 14 euros a diária do hostel Avalon House, bem organizado e localizado. Por ser a sede da empresa aérea low-cost Ryanair, existem diversas opções de voo saindo de todos os cantos da Europa. Saí de Londres e paguei 2 centavos de libra (2 pence) na passagem, 1 centavo de ida e 1 centavo de volta. Não é sacanagem, voei praticamente de graça. Pra quem não conhece, a Ryanair tem umas promoções malucas assim. Tá bom vai, saiu 10 libras a mais pela taxa do cartão. É por essas e outras que não dá pra entender quem mora no continente europeu e nunca viaja.

Bom, em geral e pra média européia, Dublin é uma cidade cara. Na área central, repleta de turistas, é bem difícil encontrar opções de comidas e bebidas a um preço menor. Paguei quase 6 euros em uma pint de Guinness por lá, sendo que em Londres a média é quase a metade disso.
Como já citei acima, a região de Temple Bar, em minha opinião, é o mais interessante da cidade. Diversos restaurantes, bares e pubs, além de algumas lojas e galerias de arte, se espalham pelas ruazinhas históricas que bombam durante a noite. O pub que tem exatamente o nome de Temple Bar é um dos mais famosos e procurados, onde bandas de música ao vivo costumam tocar sucessos de rock, como os do grupo irlandês U2.

Seguindo na linha da boêmia, Dublin é a terra da Guinness, a mundialmente conhecida cerveja escura irlandesa, fabricada há quase 300 anos. De sabor único e bem diferente das tradicionais cervejas ouro (lager), a Guinness conta como fãs assíduos espalhados pelo mundo (entre eles este que vos escreve). A Guinness Brewery, fábrica desta cerveja, fica na cidade e conta com uma espécie de museu (Guinness Storehouse), no qual se pode fazer um interessante tour para conhecer a história da marca, o processo de fabricação, e, claro, beber um pouco também. Paguei 12 euros pelo ingresso, mas definitivamente vale a pena.

Partindo para a parte mais cultural da cidade, acho que dois lugares merecem destaque. Um deles é o Trinity College, a universidade que abriga o Livro de Kells, manuscritos religiosos de centenas de anos atrás. O outro é a Catedral de St. Patrick (ele mesmo), símbolo da religiosidade irlandesa. Além disso, vale destacar para um passeio turístico o Castelo de Dublin, o museu do escritor James Joyce, a Christ Church, o Museu Nacional e a destilaria de whisky Old Jameson. Do lado de cima do Rio Liffey, que corta a cidade, nas travessas da rua O`Connelll, e abaixo no calçadão da rua Grafton, existem boas opções de um movimentado comércio.
Provavelmente os principais motivos da fama internacional de Dublin sejam mesmo St. Patrick e Guinness. E isso não é um desmerecimento à capital da Irlanda. Muito pelo contrário. Esses pontos já são razões suficientes para uma visita à cidade. Viagem que certamente será ainda mais divertida do que se imagina se contagiada com a alegria e o espírito festeiro dos irlandeses.

Legendas: 1) Temple Bar, o pub mais famoso de Dublin - 2) Uma das entradas da fábrica da cerveja Guinness - 3) Trinity College - 4) Catedral de St. Patrick - 5) Rio Liffey

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ibiza: sinônimo de balada há anos, a famosa ilha do prazer na Espanha está cada vez mais acessível


Pensou em balada, pensou em Ibiza. Parecem sinônimos. A agitada ilha espanhola é o mais famoso destino de milhares de turistas que procuram festas durante o verão europeu. Os melhores clubs e DJs do mundo estão lá. Pra quem gosta da noite, é o lugar certo para se divertir. E isso não é novidade nenhuma, há uns 20 anos Ibiza já tem essa fama. Hoje em dia, aliás, a cidade é muito mais acessível para qualquer pessoa do mundo inteiro, o que tem os seus pontos negativos e positivos. A população de 130 mil habitantes desse paraíso localizado nas Ilhas Baleares da Espanha se multiplica entre os meses de julho e agosto de cada ano.
Fui pra lá em agosto de 2008 com os amigos Jadson, Gustavo, Pablo e Maurício. Ficamos quatro noites na ilha, mas a vontade era de permanecer por muito mais tempo. Esqueça qualquer passeio turístico como museu, igreja ou coisa do tipo, o negócio lá é praia e festa o dia inteiro. (Tá bom vai, até tem o centro histórico com um castelo e outras coisas, mas isso é um detalhe).

Pegamos um voo em Londres e chegamos a Ibiza na segunda-feira à noite. Para quem está na parte continental da Espanha também é possível ir de ferry, que parte de cidades como Barcelona e Valencia. No aeroporto mesmo, alugamos um carro que já tínhamos reservado pela internet. Como estávamos em cinco pessoas, saiu bem barato e valeu a pena. Até existe um boa estrutura de ônibus e táxis, mas a comodidade e a mobilidade para rodar as praias de carro é muito maior. Desembarcamos por volta da meia-noite e, já motorizados, fomos direto para uma balada. Com isso, não pegamos nem hotel na primeira noite para economizar, apenas no dia seguinte cedo fomos para o Hotel Florida. Pagamos apenas 22 euros por pessoa a diária em um quarto com banheiro privado para nós cinco. O hotel fica em San Antoni de Portmany, a segunda “cidade” mais movimentada da ilha. A primeira é Ibiza Town, onde se concentra a maioria das atrações, e onde os hotéis também são um pouco mais caros. Para ficar mais claro: a ilha chama Ibiza e possui várias cidadezinhas, que na prática são bairros, já que o lugar não é tão grande assim. Algumas baladas, como a Privilége e a Amnesia, ficam no meio do caminho entre Ibiza Town e San Antoni.

Além dessas duas já citadas, Pacha, Space, El Divino e Es Paradis são outros dos maiores clubs da ilha. Cada dia da semana um determinado lugar costuma bombar mais do que o outro. Vale consultar a programação e pegar informações chegando lá para garantir uma boa balada. Quando fomos, no verão de 2008, o Tiesto tocava toda segunda-feira na Privilége, por exemplo. Foi o nosso destino logo após descermos do avião. Na terça, fomos a um baile da espuma na Amnesia. Acho que não preciso nem falar o que rola no meio de tanto sabão.
Essas baladas mais famosas são grandes, com capacidade para mais de mil pessoas. São caras também, entrada entre 40 e 60 euros. Não parece muito, mas pra média da Europa isso é bastante dinheiro. Em Londres, a Fabric e a Ministry of Sound, por exemplo, não costumam cobrar mais do que 20 libras. Prepare-se para gastar grana lá dentro também. Uma simples cerveja custa uns 8 euros. Me lembro de ter pago 13 euros em uma vodka com refrigerante. Tirando a facada no bolso, é só alegria. Pra quem gosta de música eletrônica, o som é irado e a pegação, claro, rola solta. Party hard. Existem outras opções mais em conta, clubs menores no centro de Ibiza e, principalmente, San Antoni, mas sem a mesma qualidade.
Mas não é só da madrugada que Ibiza vive. Durante o dia, praia, sol, cerveja e top less garantem a diversão. By the way, top less é uma coisa que chama a atenção para nós brasileiros que não temos essa cultura. Ah, o verão! Sem exagero, acho que 50% das mulheres lá desencanam de usar a parte de cima do biquíni no sol. Lá é a coisa mais normal do mundo. Velha, nova, gorda, magra, gostosa... Não importa quem seja, muita gente de peito de fora. É a mesma coisa que as minas de fio dental no Brasil. Aqui é normal, lá não é. E vice-versa.

A praia mais badalada é a Playa d`en Bossa, onde fica o Bora Bora. É tipo um “quiosque” (ou barraca de praia, sei lá como é melhor chamar isso) que, a partir de umas 18h, é cercado por alguns tapumes para a festa começar. Não paga nada pra entrar. A galera sai direto da praia, de biquíni mesmo, para dançar e curtir ao som do DJ. Loucura total. O ritual de todo dia é ir para a praia, ficar no Bora Bora até umas 22h, 23h, ir para o hotel e depois à noite para a balada, que costuma começar tarde. Outro lugar legal e que costuma ficar cheio é o Café Del Mar, em San Antoni, um bar com uma bela vista para a praia, onde as pessoas costumam ir para ver o pôr do sol. Pensando em um programa mais tranqüilo, mais família, outras praias também valem destaque, pela beleza e não pela agitação, como Cala Salada, Cala Bassa, Cala de Portinatx e Las Salinas. A ilha de Formentera é outro passeio recomendado pela paisagem natural.

Vamos aos pontos positivos e negativos citados no primeiro parágrafo deste post. Ibiza já é um manjado destino no verão há um bom tempo. Por isso, a cidade possui boa estrutura de transportes, hotéis, restaurantes, supermercados, etc... Neste sentido, está muito à frente das Ilhas Gregas ou da Croácia, por exemplo, lugares que eu fui no verão de 2009 e 2010, respectivamente. Apesar de as baladas serem caras, não achei a cidade cara como eu imaginava ser. Muito pelo contrário. Existem boas opções baratas para hospedagem e alimentação. Por outro lado, Ibiza tem recebido muito mais turistas do que antes, e quantidade nem sempre significa qualidade. É uma babilônia de nacionalidades e culturas diferentes. Uma mistura também de pessoas educadas, outras nem tanto. Tem de tudo. Sejamos mais diretos: o nível caiu. Calma, não que o negócio seja ruim atualmente, continua sendo muito bom, mas não mais tão bom como era anos atrás. Quem esteve em Ibiza no início dos anos 2000 diz que a qualidade era bem melhor. Resumindo: tem lugar que tem muito homem e nem tantas loiras assim. Zrce Beach, em Novalja, na Croácia, por exemplo, atualmente é um destino melhor, em minha opinião.
Pra encerrar esse post, volto a bater na tecla sobre o que já escrevi em outras oportunidades. Viajar para Ibiza é muito mais fácil e barato do que a maioria pensa. Gosta de balada, de verão e praia? Tome coragem, faça um planejamento e realize seu sonho. Não existe desculpa para um baladeiro de verdade não conhecer essa ilha na Espanha. Soma o quanto você gasta dinheiro na noite de São Paulo. Tenho certeza que depois dessas contas Ibiza vai ficar muito mais perto.

Legendas: 1) Top less é uma cena mais do que normal nas praias da ilha - 2) Playa d`en Bossa, a praia mais badalada de Ibiza - 3) Privilége, uma das baladas mais famosas - 4) San Antoni de Portmany, a segunda principal "cidade" da ilha - 5) Vista de Cala de Portinatx

terça-feira, 1 de março de 2011

Inglaterra, o país do futebol


A intenção deste post não é analisar qualidade ou o estilo do futebol inglês dentro de campo. Gostaria de escrever sobre o clima que envolve este esporte na Inglaterra, na humilde opinião e visão de quem vivenciou isso de perto durante dois anos e meio. Comparar a organização ou a modernidade britânica com a brasileira é covardia. Mas eu falo mesmo de paixão nacional, de interesse e sentimento. Não é uma afirmação fácil de se fazer, depende muito do ponto de vista, mas pelo ângulo que quero abordar, não tenho dúvidas: a Inglaterra é o país do futebol.
Assisti a 35 jogos em estádios na Terra da Rainha entre 2008 e 2010, alguns a trabalho jornalístico, outros apenas por prazer. Sem contar os diversos duelos acompanhados em pubs ou em locais repletos de torcedores. Confesso que a cada vez que vejo pela TV alguma partida por lá me bate uma saudade incontrolável. Acho que vai ser difícil transmitir em palavras a sensação de estar lá, mas tentarei, e também colocarei algumas fotos e vídeos. Desde a ida de metrô para o estádio, o pré-jogo em um pub, os cantos das torcidas nas ruas e arquibancadas, o espetáculo. Sei lá, tudo isso é contagiante. Contando algumas histórias, tentarei explicar o motivo da afirmação do título deste post.

Só em Londres, são 12 times de futebol profissional, sendo que 5 deles estão na Primeira Divisão. A rivalidade originada por região da cidade, entre Arsenal e Tottenham (norte), Chelsea e Fulham (sul), e West Ham e Millwall (sudeste), é algo histórico e de grandes dimensões. Adversários e inimigos que surgiram por um motivo geográfico, praticamente desde a fundação desses clubes, independentemente da diferença de qualidade ou grandeza de cada um. O melhor exemplo é o ódio entre torcedores do West Ham, que disputa a Premier League, e o Millwall, que atualmente está na Segunda Divisão, mas ficou na Terceira por bastante tempo. Esta rivalidade foi retratada até no filme “Hooligans, Green Street Elite”. E olha que essas duas equipes só têm se enfrentado nos últimos anos (ficaram de 1993 a 2003 sem duelar) quando sorteadas para um embate nos mata-matas da Copa da Inglaterra ou Copa da Liga. Assim como aconteceu no filme, isso foi repetido em agosto de 2009, para a minha sorte. Do lado de fora do estádio do West Ham, presenciei o clima de guerra deste duelo, que teve a vitória do time da casa, por 3 a 1, e foi marcado por três invasões de campo, além das inúmeras brigas entre torcedores e com a polícia.

Brigas que, claro, são tão absurdas e violentas quanto às que acontecem no Brasil. Mas com uma grande diferença, existe punição para os envolvidos. Desde multas até prisões, proibição de frequentar estádios, obrigatoriedade de serviços sociais, etc. Quer outro exemplo? Acompanhei o jogo de volta da semifinal da Champions League de 2008, entre Chelsea e Liverpool, em um pub bem perto de Stamford Bridge. Os Blues se classificaram, mas quem abriu o placar foram os visitantes. Um “esperto” e corajoso torcedor dos Reds comemorou o gol no pub lotado de adversários. Resultado: nunca vi tanto copo de pint voando pelos ares, vidros explodindo nas paredes. O pau comeu. Porém, não demorou um minuto para os policiais entrarem no local, resolverem a situação e dispersar todos. Pub fechado, briguentos conduzidos à delegacia e quem quisesse continuar vendo o jogo que procurasse outro lugar.
Aliás, essa foi uma grande transformação que aconteceu no início dos anos 90 quando o hooliganismo foi combatido de forma mais dura. O futebol inglês foi elitizado, os hooligans fichados foram afastados do palco do espetáculo, e as brigas não acontecem mais dentro dos estádios. Os ingressos que antigamente chegavam a custar até 10 libras, hoje são vendidos em uma média de 30 a 100 libras. Os brigões até continuam bebendo e aprontando em pubs e arredores, mas as confusões diminuíram consideravelmente.

Muitos amigos que vão de férias para a Inglaterra me perguntam sobre como conseguir ingresso para assistir a um jogo. Logo de cara, a resposta é: “Praticamente impossível”. Os grandes clubes vendem carnês antecipados válidos para a temporada, os quais apenas sócios conseguem comprar. Ou seja, raramente sobram ingressos. Os estádio estão sempre lotados. Com sorte, é possível conseguir algum bilhete para jogos menores das primeiras fases das Copas nacionais, ou para as últimas rodadas da Premier League, caso a equipe já não tenha mais aspirações no torneio. Vamos a um exemplo sobre como o processo ocorre no Arsenal. O clube possui quatro níveis de sócios: platinum, gold, silver e red. Se os donos do carnês abrem mão do ingresso para uma determinada partida, a venda é aberta primeiramente para os associados platinum, somente depois para o gold e assim por diante. Raramente um sócio red consegue assistir a uma partida boa, imagina então quem não é sócio. Os bilhetes vão para a “general sale” uma vez na vida outra na morte, nas ocasiões já citadas. Existem duas opções alternativas para um turista ter o privilégio de assistir a uma partida: pagar um preço altíssimo e comprar de cambistas (Sim, eles existem por lá também. Geralmente, são tiozinhos malandros que compram o carnê, pegam o ingresso e revendem) ou adquirir em agências de turismo, que fazem pacotes e enfiam a faca pela preciosidade. Jogos de clubes menores ou fora de Londres são sempre mais acessíveis.
Como já disse no início, não quero fazer comparações entre a realidade de um país de Primeiro Mundo com um subdesenvolvido. É sacanagem. Também não duvido da paixão dos torcedores brasileiros pelos seus clubes. Também tenho meu time do coração e sou fanático por futebol. Mas estamos bem longe de chegarmos à atmosfera inglesa. Tudo isso passa pelo problema social, educacional, cultural e de mentalidade que envolve nosso país, não é uma exclusividade do esporte.

Duas semanas atrás, Arsenal e Barcelona se enfrentam pelas oitavas-de-final da Champions League, no Emirates Stadium. Há um ano, pelas quartas-de-final, o mesmo confronto, o mesmo local, e eu estava lá. Às vezes eu acho que parece até um pouco de pretensão, mas eu me sinto em casa no Emirates. Foi o primeiro estádio que fui na Inglaterra, onde assisti 16 desses 35 jogos, onde fui melhor recebido para fazer entrevistas e escrever matérias, além de a Seleção Brasileira ter atuado três vezes por lá durante esse tempo. Logo que mudei pra Londres, morei por alguns meses no bairro de Finsbury Park, a 10 minutos andando do estádio. Por esses e outros motivos, tornei-me torcedor do Arsenal.
É meio que inexplicável a emoção de ouvir ao vivo a execução do hino oficial da Champions. Torcida do Liverpool cantando “You`ll never walk alone"; do West Ham entoando “I`m forever blowing bubbles” (no vídeo abaixo); do Arsenal com “The wonder of you”; turcos fazendo a festa no Stamford Bridge mesmo com a derrota do Fenerbahçe para o Chelsea; Tevez, já pelo Manchester City, vestindo a camisa do West Ham após ser ovacionado durante o jogo todo em Upton Park; jogos do Fulham no Craven Cottage na histórica campanha do vice-campeonato da Europa League... São algumas cenas marcantes e que não saem da cabeça.
Na lista dos estádios ingleses que conheci, entram também: Wembley, Stamford Bridge (Chelsea), White Hart Lane (Tottenham), Craven Cottage (Fulham), Boleyn Ground (West Ham), Loftus Road (Queen`s Park Rangers), The Den (Millwall), Anfield Road (Liverpool) e Old Trafford (Manchester United). Cada um com uma peculiaridade distinta. Acho que terei que dividir esse post em muitos outros para abordar outros temas relacionados e contar mais histórias.
Por ora, espero ter conseguido passar um pouco da experiência na Inglaterra. Em breve, postarei mais fotos e vídeos. Enquanto isso, um pensamento esperançoso. Daqui a três anos teremos Copa do Mundo no Brasil. Quem sabe não conseguimos usar também a paixão brasileira (com racionalidade) pelo esporte para chegarmos mais perto do que acontece do outro lado do oceano. Problemas existem e são muitos. Confesso que temo pelo Mundial de 2014. Mas acho que, se cada um cumprisse o seu papel corretamente (isso vale para quem tem o poder e também para os simples torcedores), nosso país poderia e teria a capacidade de promover um belo espetáculo para o mundo ver, da mesma forma que assistimos de longe pela TV o que os ingleses produzem.

Legendas: 1) Wembley dividido ao meio para Chelsea 2 x 1 Arsenal, semifinal da FA Cup, 18 de abril de 2009 - 2) Emirates Stadium - 3) Arsenal 1 x 3 Macnhester United, Emirates Stadium, semifinal da Champions League, 6 de maio de 2009 - 4) Chelsea 0 x 1 Inter de Milão, Stamford Bridge, oitavas-de-final da Champions, 16 de março de 2010 - 5) Torcedores do Fulham comemoram a histórica classificação para a final da Europa League, no Craven Cottage, após vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo, 29 de abril de 2010

Vídeos: 1) torcedores do West Ham cantando "I`m forever blowing bubbles", na Green Street, próximo ao estádio, antes da vitória sobre o rival Millwall por 3 a 1, pela Copa da Liga, em 25 de agosto de 2009 - 2) hino da Champions League antes de Manchester United 2 x 2 Porto, no Old Trafford, pelas quartas, dia 7 de abril de 2009