quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Marrakesh: experiência ímpar para explorar a cultura marroquina e islâmica


Por mais diferenças que existam entre a Europa e o Brasil (e são muitas), ambos os lugares acabam sendo semelhantes se colocarmos na comparação certos países da África ou Ásia, por exemplo. No caso deste post, me refiro ao Marrocos, sem dúvida o país culturalmente mais diferente que conheci até hoje. Deserto, camelos, encantadores de cobra, mulheres com burca, religião islâmica, muçulmanos, proibição ao álcool, Ramadã, árabes e muitas outras coisas até certo ponto inimagináveis na nossa realidade eu pude presenciar nesse país no noroeste da África.
Em setembro de 2009, fiquei sete dias por lá. Viajamos em nove amigos: eu, João, Alex, Paraíba, Camila, Maísa, Suelen, Rívia e Carol. Pela curiosidade de ser um destino diferente e por ser um país muito barato de se visitar, recomendo bastante a viagem. Como já contei em post anterior, ainda perdemos o voo de ida em Londres e fizemos uma parada extra de um dia em Barcelona. Por causa disso, acabei não indo para Fez, mas conhecemos as cidades de Marrakesh e Essaouira, além do tour pelo deserto do Saara, nas dunas de Merzouga, e uma passagem em Ait-Ben-Haddou. Antes do embarque, juro que tentei pesquisar informações melhores pela internet ou com amigos que já tinham ido, e até fazer reservas de hotel, transporte para o deserto e coisas do tipo. Mas não foi fácil, Marrocos ainda está muito longe de ter esse tipo de desenvolvimento. O jeito foi chegar lá e tentar tudo na raça.

Chegamos de avião terça-feira no início da tarde e pegamos um ônibus até o centro. Até aí, tudo normal: o aeroporto de Marrakesh é bom e o busão também (a excessão ficou por conta do tiozinho da imigração que demorou três horas e meia pra acertar as letras no teclado de um PC 386, que era praticamente uma máquina de escrever). Foi chegando à Medina (o centro histórico) que a nossa saga começou. Precisávamos achar hotel, pousada, hostel ou qualquer lugar pra ficar, e a única indicação que eu tinha foi por água abaixo (ou por terra abaixo, no caso) naquele labirinto de ruazinhas e casinhas marrons. Ao pisar na praça central, a Djemaa el Fna, nós turistas somos praticamente atacados pelos marroquinos que oferecem de tudo. Naquela ocasião, o que nos interessava era acomodação. A desconfiança era grande, mas não tínhamos muita alternativa. A bizarra figura que nos atendeu falava um inglês tosco (vale lembrar que a língua oficial é o árabe, mas quase todos falam francês devido à colonização) e nos fez caminhar uns 10 minutos pelas vielas até chegar ao destino: o Riad Amallah. O caminho até o local era sinistro, mas a parte interna da pousada era bem simpática. Cansados e sob um calor absurdo, não tivemos paciência para procurar outro lugar, ficamos por ali mesmo. Aí era o momento de negociar o preço da estadia. E vai uma grande lição do Marrocos: pechinche sempre, e muito. A diária que inicialmente o cara queria cobrar 50 euros para cada pessoa, saiu por apenas 5 euros. É sério, 10% do valor inicial. Claro, e o cara que nos levou até a pousada ainda cobrou uns trocados pela indicação.

Tivemos metade da terça e quarta-feira inteira para conhecer Marrakesh. A praça Djemaa el Fna é o ponto central para tudo. Lá, você vê barracas vendendo diversos tipos de comidas, ervas, sementes, encantadores de cobra, macacos adestrados, videntes que leem mão, músicos e várias outras bizarrices. No meio de tudo isso, circulam turistas, mochileiros, mulheres locais com burca, senhores muçulmanos com sua vestimentas típicas, além de crianças correndo, carros, motos, bicicletas. Tudo isso dividindo o mesmo espaço. É uma bagunça só. O começo da noite é quando a praça fica mais lotada, e vale a pena sentar em uma das barraquinhas e experimentar alguma das variedades de comidas oferecidas.
Outra atração principal é a Mesquita da Koutoubia, templo onde milhares de muçulmanos rezam em grandes celebrações em determinados horários. Destaque para a alta torre da construção, visível de diversos pontos da cidade. É possível visitar quase todos os lugares de interesse a pé, mas vale a pena contratar algum guia que fica nas ruas e pode te explicar melhor a história. Sempre, claro, pechinchando o preço, o roteiro e o tempo de duração, e tomando cuidado para não ser enrolado pelos larápios marroquinos. Pontos como a Medersa Bem Youssef, o Palácio El Badi, o Palácio El Bahia, o Museu de Artes Marroquinas e o Jardim de Menara estão na rota da maioria dos guias.
Um passeio interessante que fizemos foi a um curtume, local onde o couro é fabricado. Para se chegar lá, basta pegar um táxi e rodar uns 15 minutos para fora do centro. Você pode conhecer o processo desde a retirada da pele do animal até o material ser transformado em uma bolsa, em um trabalho todo feito artesanalmente. O mau cheiro do lugar é insuportável, e os visitantes recebem folhas de hortelã para cheirar durante o percurso. Para clarear um pouco a imaginação de quemnão se lembra, a novela global “O Clone” teve várias cenas gravadas em um curtume. Lembra daqueles vários círculos com líquidos coloridos?

Apesar da precariedade e da pobreza de grande parte da cidade, há um contraste social muito grande. Fora da Medina, existem luxuosos hotéis, prédios modernos, moradores cheios da grana e uma infra-estrutura muito boa. Não chegamos a conhecer, mas até a famosa balada Pachá tem a sua filial por lá.
Depois de conhecer Marrakesh e o deserto do Saara (ponto alto da viagem, que será contado com detalhes no próximo post), passamos um dia inteiro em Essaouira. A cidade litorânea fica a 3 horas e meia de Marrakesh, e fizemos o trajeto em uma van com o mesmo motorista que nos levou ao deserto. Também existe a possibilidade de ir de ônibus, mas como estávamos em nove pessoas, a van compensou. Essaouira é um agradável lugar praiano (é verdade que a praia está longe de ser uma grande beleza natural), sem perder as características da tradição marroquina dentro da Medina, com construções e vielas típicas. O mercado de peixe perto do porto, a praça central com bares e restaurantes, as muralhas e o forte à beira mar são a principais atrações turísticas.

Após todos esses lugares visitados no Marrocos, talvez o que tenha ficado mais marcado, bem mais do que construções ou monumentos, foi a cultura desse povo. Principalmente, por ter sido na época do Ramadã, período de renovação da fé dos muçulmanos. Durante 60 dias, eles ficam em jejum de qualquer comida e bebida do nascer até o pôr do sol, sem poderem colocar absolutamente nada na boca, nem mesmo água. É difícil imaginar o cidadão sob um calor de mais de 40 graus impedido de tomar um copo d`água. Pois é. Vi isso de perto. Das 4h30 da manhã às 7h05 da noite, no caso, jejum total. Quando o sino da Mesquita tocava todos os dias exatamente às 19h05, os fiéis partiam desesperadamente para a sagrada refeição. Boa parte do comércio fechava até que todos pudessem se alimentar e depois rezar nos diversos templos islâmicos espalhados pela cidade.
Interessante, muito interessante a experiência vivida. Inesquecível. No próximo post, escreverei sobre a excursão ao deserto do Saara, além de outras curiosidades tradicionais do Marrocos...

Legendas: 1) A praça central Djemaa el Fna - 2) Mesquita da Koutoubia - 3) Ruas estreitas da Medina de Marrakesh - 4) Riad Amallah, simpática pousada onde nos hospedamos - 5) Essaouira, cidade litorânea

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Liverpool: The Beatles, futebol e um pouco da tradicional identidade britânica


Qualquer outra cidade da Inglaterra tem uma atmosfera com identidade mais britânica do que Londres, a cosmopolita capital que reúne pessoas, lugares e culturas de todos os cantos do mundo (e para mim isso não é um ponto negativo, pelo contrário, acho Londres incomparável). No entanto, não são todas que realmente merecem uma visita. São poucas, aliás, que oferecem uma diversidade de atrações sem perder a essência das características britânicas. Gosta de futebol? Gosta de boa música? Gosta de cerveja em um tradicional pub? Gosta de conversar com pessoas simpáticas? Quer conhecer mais a fundo a Inglaterra? Vá pra Liverpool, a cidade que reúne tudo isso. Mas, talvez seja mais fácil resumir tudo isso em uma só palavra: “The Beatles”. Praticamente tudo por lá gira em torno da famosa banda de rock. Pessoalmente, eu acrescentaria outra atração imperdível: o estádio de Anfield Road.

Fui a Liverpool quatro vezes, entre 2008 e 2009, ficando entre um e dois dias por lá em cada uma dessas passagens. Em três delas, fui a trabalho para jogos do Liverpool, escrevendo matérias para o site da “Placar”. Na outra, exclusivamente para turismo com os amigos Paulinho, Pri e Mônica. Dois dias são suficientes para conhecer a cidade e tudo que ela proporciona. Partindo de Londres, a maneira mais econômica é viajar de ônibus, que custa cerca de 10 pounds cada trecho e demora 5 horas e meia. O melhor jeito é ir de trem, apenas 2 horas e meia de viagem, mas também sai mais caro, uns 30 pounds (Claro que isso depende de vários fatores como: comprar com antecedência, dia da semana, horário,...). Também já fui de carro, que acaba valendo a pena se você estiver com mais gente para rachar o aluguel e o combustível. Existe a possibilidade de ir de avião, mas acho que o preço e o tempo gasto com o deslocamento até o aeroporto, embarque, espera não compensam.
As principais atrações são facilmente acessíveis a pé. As exceções são o estádio de Anfield Road, mas basta pegar um ônibus que demora uns 15min, e caso você queira fazer o tour que te leva na casa, escola onde cada integrante dos Beatles viveu, além de lugares que inspiraram músicas como Penny Lane e Strawberry Fields. Existem duas boas opções centrais de hostel, como YHA e o Hatter`s, pela média de 15 pounds a diária.

Como eu disse, quase tudo na cidade gira em torno da banda de rock formada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Então, nada melhor do que começar o tour pelo Cavern Club, o local onde os Beatles iniciaram a carreira musical, em 1961. O club original foi demolido em 1973, mas reconstruído e reaberto em 1984. O novo Cavern está localizado a apenas alguns metros do antigo, no subterrâneo da Mathew Street, foi reerguido usando boa parte dos tijolos originais e tem apenas algumas mudanças no projeto. A essência dos Beatles continua lá, vale muito tomar uma pint, sentir o clima e, principalmente, assistir a um show da banda cover, que se apresenta às quintas-feiras. Vale citar que do outro lado da estreita ruazinha existe o Cavern Pub, um genérico que segue a mesma linha. Ali mesmo na região chamada de Cavern Quarter encontram-se a estátua de John Lennon, outros pubs tradicionais, o hotel dos Beatles e uma loja de souvenirs interessantíssima para quem quiser comprar lembranças da banda.

O outro pólo de atrações de Liverpool fica na costa, próximo ao porto, mais especificamente concentrado na Albert Dock. O complexo, que abrigava docas e armazéns, hoje conta com restaurantes, bares, museus e recebe inúmeros turistas. Lá fica o “The Beatles Story Exhibition”, imperdível museu da banda de rock. Por 13 pounds e em cerca de duas horas, a história dos Beatles é contada de uma forma envolvente, com vídeos, sons, instrumentos e objetos históricos, bem longe da chatice de muitos museus. Interessante para quem já sabe da trajetória de John, Paul, George e Ringo, e atraente também para quem quer conhecer.
Outro lugar que vale a pena visitar é o Museu Marítimo, onde estão expostos vários objetos retirados do fundo do mar após o naufrágio do Titanic. O navio nunca esteve na cidade (foi construído em Belfast e partiu de Southampton), mas foi registrado e tem a bandeira de Liverpool. Menos concorridos, mas também na rota de alguns turistas estão locais como: Tate Museum, St. Georges Hall, Lime Street, Catedral, Radio City Tower, Lime Street, Royal Liver Building, Town Hall.
Vale dizer que a cidade não é das dez mais agitadas do mundo durante os dias de semana. O comércio fecha cedo, são poucas as opções noturnas e as ruas ficam meio que desertas à noite. Isso, claro, muda nos finais de semana, quando bares e baladas enchem e são uma boa pedida para conhecer um ambiente mais inglês, com poucos turistas.

Deixei pro final a outra atração obrigatória da cidade, depois dos Beatles. O estádio de Anfield Road, casa do Liverpool FC. A torcida dos caras é simplesmente sensacional. Acho que o vídeo abaixo pode ilustrar melhor isso. Incomparável a vibração deles com qualquer outra torcida que eu tenha visto na Europa. É de arrepiar quando o estádio inteiro canta a música-hino “You`ll never walk alone”. Assisti a três partidas dos Reds lá, todas pela Champions League (1 x 1 Chelsea, pelas semifinais de 2008; 4 x 0 Real Madrid, pelas oitavas de 2009; e 1 x 3 Chelsea, pelas quartas de 2009). Bem na frente do estádio ainda há um pub onde os torcedores se reúnem e fazem a festa antes dos jogos.
Pra quem gosta de Beatles e futebol, é muito fácil dizer que Liverpool será uma cidade inesquecível. Mas tenho certeza que, após visitar a cidade do condado de Merseyside, mesmo quem não gosta vai passar a apreciar a banda de rock e o esporte. Liverpool deixa esse legado no visitante.


Legendas: 1)Entrada do Cavern Club - 2)Interior e palco do Cavern Club - 3) Entrada do museu dos Beatles - 4) Costa de Liverpool, com Albert Dock (à esq) - 5) Estádio de Anfield Road - 6)Vídeo da torcida do Liverpool cantando "You`ll never walk alone", antes de jogo contra o Chelsea, em 2009 - 7)Vídeo de torcida do Liverpool em um pub cantando música para Fernando Torres

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Gênios do tênis, Federer e Nadal demonstram postura de ídolos fora das quadras


Depois de alguns posts sobre turismo, vou fazer um aqui novamente sobre jornalismo. O assunto é tênis, o segundo esporte de minha preferência, obviamente depois do futebol. E falando do tênis atual, o nome de dois monstros das raquetes rapidamente vem à cabeça: Federer e Nadal. É principalmente sobre eles que vou escrever. Dois jogadores que dentro da quadras possuem características distintas, mas fora delas têm uma postura bem semelhante, de humildade, respeito, educação, exemplo, verdadeiros ídolos do esporte. Estou longe de ser um especialista no tênis, mas vou dar as minhas impressões.
Entre 22 e 29 de novembro de 2009, fiz a cobertura do ATP World Tour Finals, em Londres, para o diário “Lance”. O torneio reuniu os oito melhores tenistas do ano: Roger Federer (SUI), Rafael Nadal (ESP), Novak Djokovic (SER), Andy Murray (GBR), Juan Martín Del Potro (ARG), Nikolay Davydenko (RUS), Fernando Verdasco (ESP) e Robin Soderling (SUE).

Antes desse torneio, eu já tinha ido a Roland Garros e Wimbledon, mas foi no ATP Finals que pude observar mais de perto o comportamento dessas estrelas e tudo o que envolve um evento grandioso como esse. Ao contrário dos Grand Slams, que são disputados em grandes clubes com diversas quadras e jogos ao mesmo tempo, o último torneio da temporada concentra-se apenas em um local, onde as atenções estão completamente focadas em um só ponto.
O contato com os principais tenistas do mundo, principalmente com Federer e Nadal, não é fácil nem mesmo para a imprensa. Porém, é possível. Depois de todas as partidas, as entrevistas coletivas são o momento ideal para observar melhor a postura dessas estrelas, e o momento onde eu pude fazer as perguntas que interessavam para as minhas matérias. Tenho que destacar a atitude e até o bom humor de todos os atletas, mas especialmente do suíço e do espanhol, então números um e dois do mundo.

Federer perdeu para Davydenko na semifinal, mesmo assim terminou o ano no topo do ranking mundial pela quinta vez consecutiva. É impressionante a idolatria dos torcedores por ele. Mesmo quando enfrentou o britânico Murray, que jogou em casa, o suíço teve maioria da torcida a seu favor. A cada parada de bola, gritos de “allez Roger” ecoavam nas arquibancadas da O2 Arena. Pessoas de todas as partes do mundo adoram Federer. Inclusive, fiz uma matéria de ambiente com dois brasileiros, que tinham viajado para Londres só para vê-lo jogar. Descontraído e atencioso no contato com os jornalistas, apesar de todos os cuidados que cercam uma celebridade, Federer demonstrou a postura de um verdadeiro campeão.
Nadal e os incentivos da torcida de “vamos Rafa” não ficam muito atrás. Apesar de ter sido eliminado na primeira fase com três derrotas, o espanhol mostrou espírito esportivo. Respondeu pacientemente a todas as perguntas, reconheceu a má fase, elogiou os adversários e fez brincadeiras quando preciso. Antes de falar em castelhano, Nadal ainda tem que responder vários questionamentos em inglês, língua que está longe de dominar. Tenho que confessar que é engraçado ver o esforço do espanhol em falar a língua inglesa, ele mesmo acaba tirando sarro de si próprio quando se enrola nas respostas.

Se não foi possível fazer uma entrevista exclusiva com Federer ou Nadal (missão bem complicada), valeu bastante pela proximidade com os astros durante as conferências de imprensa. E, principalmente, nas mesas redondas organizadas pela ATP um dia antes do início do campeonato. O evento no hotel Marriot, onde os atletas estavam hospedados, reuniu apenas jornalistas credenciados. Lá, em duas rodadas de cerca de trinta minutos, quatro tenistas por vez ficaram à disposição para perguntas. Os dois primeiros do ranking eram os mais assediados, mas foi perfeitamente possível encaixar uma ou outra pergunta.
Nesse momento, mudei minha estratégia e acabei conseguindo uma pauta interessante. Enquanto a maioria urubuzava em cima de Nadal e Federer, decidi me focar onde eu teria mais tempo e espaço para fazer meus questionamentos. Conversei com os assessores e acabei conseguindo exclusivas com o argentino Del Potro (5º do ranking na época) e depois com o espanhol Verdasco (8º). As entrevistas foram rápidas, entre 5min e 10min cada uma delas, mas suficiente para ambos falarem bastante sobre o tênis brasileiro e trabalho de base, pauta que me interessava e que foi publicada pelo “Lance”.
A experiência na cobertura do ATP Finals de tênis foi bem diferente da que eu havia feito no Mundial de Ginástica, por exemplo. O acesso direto aos ginastas era muito mais fácil do que aos tenistas, já que Federer, Nadal e companhia têm uma exposição e uma idolatria muito mais forte. Mesmo assim, foi possível conseguir um material jornalístico bem interessante, em minha opinião.

Falando especificamente sobre as partidas, acho que não preciso nem escrever muito sobre a sensacional oportunidade de assistir a essas feras em quadra. Eram dois jogos por dia de simples e mais dois de duplas. Ora era Nadal x Djokovic, ora era Federer x Murray, ou seja, só duelos de primeira qualidade. Isso sem falar no show de organização e produção do evento, com luzes, música. Uma estrutura realmente de primeira linha. No final, o russo Davydenko acabou surpreendendo e foi campeão do torneio, batendo Del Potro na decisão, por 2 sets a 0 (6/3 e 6/4). Título merecido pelo que apresentou naquela semana.
Por mais três anos, até 2012, o ATP Finals continuará sendo disputado em Londres. Como eu não estou mais morando por lá, vou ficar só na vontade este ano. Mas, quem sabe muitos outros ainda não virão pela frente...

Legendas: 1) Quadra do ATP Finals, na O2 Arena, em Londres - 2) Federer, Nadal e Murray na apresentação oficial do torneio - 3)Nadal em mesa redonda de entrevista com os jornalistas - 4)Federer em ação - 5) Davydenko com a taça de campeão - 6) Vídeo durante vitória de Djokovic sobre Nadal, por 2 sets a 0 (7/6 e 6/3)